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quarta-feira, 9 de março de 2011

Japão interrompe uso de vacinas após mortes

 

Quatro crianças morreram após receber imunizantes contra pneumonia e meningite; casos estão sendo investigados pelo governo japonês

08 de março de 2011
 
O Ministério da Saúde do Japão interrompeu temporariamente o uso de vacinas contra meningite e pneumonia, fabricadas pela Pfizer e pela Sanofi-Aventis, após a morte de quatro crianças.

As crianças morreram pouco depois de tomar as vacinas. Embora não esteja claro se há uma ligação entre as mortes e as vacinas, o uso da Prevenar, da Pfizer, e da ActHIB, da Sanofi, ficará suspenso enquanto as mortes são investigadas, informou o ministério em um comunicado.
Em fevereiro do ano passado, as autoridades de saúde da Holanda negaram ter encontrado relação entre a Prevenar e a morte de três crianças que haviam sido vacinadas.
Três das crianças que morreram no Japão tomaram a Prevenar junto com a ActHIB. Além disso, três das crianças também tomaram uma vacina mista contra difteria, coqueluche e tétano no mesmo dia em que receberam as outras vacinas. Essas crianças morreram um dia depois de serem vacinadas, entre os dias 2 e 4.
Cooperação. Representantes em Tóquio das indústrias farmacêuticas Pfizer e Sanofi destacaram o empenho das companhias na cooperação com as investigações do governo japonês.
De acordo com um porta-voz da Sanofi, a companhia enviou mais de 3 milhões de doses da ActHIB para o Japão desde 2008. Segundo a Pfizer, a empresa distribuiu mais de 2 milhões de doses da Prevenar no Japão desde o ano passado.
Brasil. No País, a vacina Prevenar já foi distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde em Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (Cries). Era indicada para crianças portadoras de doenças que afetam o sistema imunológico, como aids, diabete e asma.
A partir de março de 2010, no entanto, o ministério passou a distribuir a vacina fabricada pela GSK, por meio de uma parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, para todas as crianças, no primeiro ano de vida. A vacina passou a integrar o calendário básico.
Já a vacina ActHIB, da Sanofi, não é distribuída pelo Ministério da Saúde. De acordo com a assessoria de imprensa da pasta, o Brasil oferece uma vacina semelhante, dentro da tetravalente (difteria, tétano e coqueluche + HIB), que tem a mesma função. O HIB (Haemóphilos influenza tipo B) protege contra alguns tipos de meningite, pneumonia e outras doenças respiratórias.
Segundo o Ministério da Saúde, não há registro de nenhum caso de morte no País em decorrência do uso das vacinas cuja aplicação foi suspensa no Japão. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS E FERNANDA BASSETTE

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